UTILIDADE PÚBLICA – ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA AUMENTARAM NO BRASIL NO 1º SEMESTRE, SEGUNDO ABRACOPEL

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Empresa reforça cuidados com a segurança quando o assunto é eletricidade

Por mais que seja consenso geral que a eletricidade, além dos benefícios, traz também riscos e perigos, qualquer descuido – por menor que seja – pode causar acidentes graves e até mesmo fatais. Portanto, a Cemig alerta sobre os cuidados que todos devem ter quando o assunto é segurança com a rede elétrica. De acordo com dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), foram registradas 949 ocorrências de acidentes de origem elétrica nos primeiros seis meses de 2022, contra 759 no mesmo período de 2021, um aumento de 26,70%.

Esses acidentes provocaram a morte de 384 pessoas, e as duas principais causas das fatalidades foram o choque elétrico (330 vítimas) e os incêndios causados por origens elétricas (33 mortes). Segundo a Abracopel, em Minas Gerais aconteceram 46 acidentes com a rede elétrica no primeiro semestre deste ano ante 66 no mesmo período do ano passado. Contudo, a letalidade aumentou 14,29%, saltando de 21 mortes em 2021 para 24 neste ano.

Choque elétrico: o grande vilão dos acidentes envolvendo eletricidade

Um dos maiores causadores de acidentes de origem elétrica no Brasil é o choque. E, na construção civil, esse tipo de ocorrência, infelizmente, acontece com certa frequência em função do tamanho dos materiais, ferramentas e equipamentos utilizados nos canteiros e, principalmente, nas obras informais que são aquelas sem o acompanhamento de profissional habilitado ou empresa especializada para a atividade.

Em caso de acidente com a rede elétrica, as solicitações de atendimento podem ser feitas pelo Fale com a Cemig, no telefone 116. A central de atendimento funciona 24 horas, e a ligação é gratuita. A população também pode acionar o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Militar. O telefone dos Bombeiros é 193 e o da PM é 190, sempre lembrando que, em caso de acidentes, nunca devemos tocar ou nos aproximar da vítima até a chegada de socorro especializado.

Curto-circuito e superaquecimento: risco de incêndios

Três casos de acidentes graves foram registrados, entre maio e junho deste ano, envolvendo celulares durante o carregamento, quando o superaquecimento dos carregadores provocou incêndios nas residências. Infelizmente, em uma dessas ocorrências, uma mulher de 30 anos e o filho dela, de dois anos, morreram vítimas do fogo.

De acordo com o especialista da Cemig, os incêndios podem ocorrer enquanto o celular está carregando na tomada. “Normalmente isso acontece quando tem um curto-circuito na bateria. Ocorreu um problema no carregador, e este mandou uma tensão para o celular maior do que o celular suporta. Com esse curto-circuito, o aparelho sobreaquece e pega fogo”, explica.

“A bateria não tem potência para causar um dano tão grande na condição normal. Em todos os casos que conheço, [o aparelho] estava conectado em uma tomada e, durante o carregamento, a bateria superaqueceu e explodiu”, completa o gerente.

Outro equipamento que exige máxima atenção em relação à segurança é a fritadeira elétrica, utensilio que se popularizou e ganhou espaço nas casas e estabelecimentos comerciais nos últimos anos. Em julho passado, um desses aparelhos causou um incêndio em um bar no bairro São João Batista, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte.

Por ser um equipamento que utiliza alta potência, a instalação elétrica precisa estar dimensionada para o funcionamento da fritadeira elétrica e também com o padrão de tomada de três pinos de 20A (ampères), que pode impedir superaquecimento e curtos-circuitos.

“É sempre importante consultar um profissional qualificado para o dimensionamento correto e manutenção das instalações elétricas dos imóveis, para que o circuito e seus componentes estejam de acordo com as recomendações dos fabricantes dos aparelhos. As soluções caseiras podem trazer muitos riscos de acidentes graves, como choques e incêndios, que podem vitimar pessoas e trazer enormes prejuízos financeiros às pessoas”, completa João José Magalhães Soares.

(Fonte: CEMIG)